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“Há muito tempo eu não via ao vivo as poltronas de Sergio Rodrigues. Me reencantei com a sua brasilidade, a cultura brasileira inserida em um móvel de desenho moderno, a madeira maciça, os encaixes, as linhas curvas e sensuais. No entanto não havia nenhum lugar em que eu pudesse comprar suas criações. O mercado estava dominado naquele momento pelo design globalizado, e a genialidade do mestre estava inacessível”, relata Gisèle.
Ela decidiu então se voltar para a edição seriada dos móveis de Sergio Rodrigues, que se concretizou em 2001. Gisèle inovou no cenário brasileiro ao se tornar uma editora, e não uma fabricante nem comerciante, por acreditar que dessa forma poderia aprofundar sua atuação.
A produção é feita por meio de parcerias com indústrias selecionadas. Muita atenção é dada à qualidade de fabricação, que segue os moldes e modelos originais e passou a incorporar o emprego de máquinas CNC de última geração, aliado ao acabamento manual. A espécie de madeira utilizada nas peças destinadas ao mercado sul-americano é o tauari (Couratari oblongifolia), que tem o seu uso na indústria moveleira incentivado pelos órgãos brasileiros de proteção do meio ambiente. Nos móveis destinados ao Hemisfério Norte, a escolha recaiu sobre a faia (Fagus sylvatica), pois ela se comporta de forma mais estável frente às variações climáticas dos países do Norte, por ser daí originária.
A comercialização é feita nas mais importantes vitrines do Brasil, dirigidas por lojistas escolhidos em função de seu comprometimento com o bom design e da sua penetração junto aos designers de interiores, e em alguns endereços selecionados dos Estados Unidos e Europa.
