
Gisèle Schwartsburd - CEO da LinBrasil (editora do mobiliário de Sergio Rodrigues) e presidente da BRADA (Associação Brasileira de Design Autoral) - conta em entrevista para a DW! o cuidado e os detalhes envolvidos neste processo, que envolve o legado de um dos mais emblemáticos designers brasileiros e mundiais, entre outros temas relacionados à importância de entender a propriedade intelectual e a autoria no design.
DW!: Como e quando começou sua história com o mobiliário de Sergio Rodrigues?
Gisèle: Tudo começou em uma exposição sobre a história do design brasileiro que visitei no Rio Design Center no Rio de Janeiro, em 1999. Me dei conta, naquele momento, que os icônicos móveis de Sergio Rodrigues simplesmente não estavam disponíveis no mercado: “Por que ninguém os fabrica?”, me perguntei. E de imediato veio a minha resposta interior: “Se ninguém faz, faço eu!”
Assim aconteceu. Procurei Sergio com minha proposta apaixonada e a parceria logo se firmou. Vendi meu único patrimônio – um apartamento no bairro do Vidigal com vista para o mar no Rio de Janeiro – para criar naquele ano a LinBrasil, empresa 100% dedicada à obra de Sergio Rodrigues, com a missão de editar suas criações com autenticidade e qualidade.
Foram anos investindo e reinvestindo tudo o que eu tinha para desenvolver uma coleção consistente, a partir dos projetos originais e com o acompanhamento minucioso de Sergio. Desde o início também trabalho intensamente para contar sua história e mostrar ao mundo que existe design do lado de baixo do equador.